Sandra Ryeom, da Universidade Harvard e líder da pesquisa, afirmou à Folha que o estudo usa as pistas de uma população única -os indivíduos com síndrome de Down- para identificar um percurso e um conjunto de genes que podem ser usados para bloquear a angiogênese tumoral, ou seja, a formação de vasos sanguíneos que permitem o crescimento de tumores. Dessa forma, a pesquisa pode levar a novos tratamentos contra o câncer.A síndrome de Down atinge 1 em cada 700 nascidos vivos. Seus portadores apresentam uma terceira cópia do cromossomo 21. Essa cópia extra significa versões suplementares de 231 genes diferentes.Na pesquisa, os cientistas utilizaram células-tronco pluripotentes induzidas (iPS) de um voluntário com síndrome de Down e um camundongo geneticamente modificado para ter essa condição. As células iPS são feitas sem embrião.TerapiaOs pesquisadores mostraram que há mais genes DSCR1 em quem possui Down e nos tecidos de um modelo de camundongo com a síndrome, comparados com pessoas e camundongos sem a síndrome.Mas eles acham que seria surpreendente se somente o DSCR1 estivesse relacionado à supressão de tumores nas pessoas com Down -possivelmente outros genes também influenciam esse benefício."Nossos próximos passos são determinar se podemos conceber uma terapia anticâncer utilizando o DSCR1. Estamos também determinando quantos genes no cromossomo 21 são necessários para bloquear completamente o crescimento dos vasos", disse Ryeom.
(Folha de SP, 23/5).
Postado por: Profª. Rosângela Viana.
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